terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O RENASCIMENTO DA FENIX, o glorioso tricolor paulista.

A SPNet traz pra você um documentário sobre o descaso com o Marco
Tricolor na Praça da Sé, criado para registrar a fundação do time
no Marco Zero da Cidade. Confira e divulge!


















    
 *O RENASCIMENTO DA FENIX *

O São Paulo Futebol Clube nasceu de uma fusão entre o Clube
Atlético Paulistano e a Associação Atlética das Palmeiras, tendo
sua assembleia de fundação em 26/01/1930.

Já em 1931, o São Paulo foi campeão Paulista, batendo no último
jogo o Corinthians em pleno Parque São Jorge, com uma estrepitosa
goleada de 4x1, sendo um dos tentos marcados pelo grande Friedenreich,
o 'Pelé' daqueles tempos.

O time ia bem, mas cometeu um erro grave no início do ano de 1934,
ao comprar uma sede luxuosa na rua Conselheiro Crispiniano, chamada
"Palacete Trocadero" pagando uma pequena fortuna para a época (190
contos de réis), e se endividando além da sua capacidade de
pagamento.

Desta forma, acabou falindo em maio de 1935, sendo então desfiliado
da APEA (Associação Paulista de de Esportes Atléticos) - a FPF
daqueles tempos.

Entretanto o sonho do renascimento do São Paulo não havia morrido
na mente e nos corações dos tricolores que haviam ficado órfãos do
seu clube. A massa Tricolor foi às ruas da cidade protestar contra o
fim do clube, ameaçando inclusive depredar o Palacete Trocadero,
identificado como o causador do fim do seu clube do coração.

Assim é que após várias reuniões dos tricolores remanescentes e
inconformados liderados pela família portuguesa Meca, comerciantes de
cereais da cidade, no dia 16/12/1935, no escritório do advogado
Sílvio Freire, no nº 9-A da rua Onze de Agosto, rua que não mais
existe, ressurge o São Paulo Futebol Clube, com o mesmo nome, o mesmo
escudo, o mesmo uniforme, o mesmo mascote, e principalmente, com a
mesma abnegada e fanática torcida, saudosa no seu time que já estava
enraizado nos seus corações.

Nosso primeiro presidente foi Manoel do Carmo Mecca e nosso primeiro
diretor de futebol, o legendário Porfírio da Paz, que em esforço
pessoal, driblou uma proibição da Secretaria da Educação que havia
proibido a realização de qualquer manifestação pública, por conta
de uma parada comemorativa ao aniversário da cidade.

Assim, com uma autorização escrita em um bloquinho de receitas pelo
próprio secretário, Porfírio conseguiu com que o novo São Paulo,
no dia 25/01/1936, renascesse para derrotar a Portuguesa Santista , no
Parque Antártica, pelo placar de 3x2, iniciando seu voo que o
colocaria no topo do futebol brasileiro, como o time mais vitorioso do
país pentacampeão mundial.

*O MARCO*

Em 1985, em comemoração aos cinquenta anos de fundação deste novo
São Paulo, data que passou a ser assumida pelo clube como da sua
fundação, por iniciativa de são paulinos valorosos como o saudoso
ex-presidente Henry Aidar ( pai do nosso mais jovem presidente de
então, Carlos Miguel Aidar) e também de Sebastião Portugal Gouvea -
tio do grande 'trisidente' Marcelo Portugal Gouvea - se inaugurou um
marco no local, para simbolizar e eternizar essa data tão marcante
para a historia do futebol.

Revista do São Paulo noticiando a inauguração do marco

*O GIGANTE DESTROÇADO*

Quem passa pela Praça da Sé, no coração do centro de São Paulo,
muitas vezes nem nota, mas ali no lado esquerdo de quem olha para a
entrada da catedral, entre a praça e o Tribunal de Justiça, existe
um marco em homenagem à refundação do São Paulo em 16/12/35.

No local existia um prédio situado na Rua Onze de Agosto, que foi
demolido, para que a rua virasse uma extensão da própria praça.

Nesse prédio, no dia 16 de dezembro de 1935, quinze abnegados
tricolores, inconformados com a extinção do antigo São Paulo, em
reunião realizada no escritório do advogado Sílvio Freire, fundaram
o novo São Paulo Futebol Clube, que em tudo sucedeu ao antigo São
Paulo de 1930, mantendo o nome, o escudo e o uniforme do antigo São
Paulo 'da Floresta'.

Em 1985, na comemoração dos 50 anos do clube, foi erigido um marco,
para simbolizar tão marcante fato da nossa trajetória.

Entretanto o vandalismo e a falta de manutenção, foram pouco a
pouco destruindo este marco tricolor, sendo que nas últimas semanas
constatamos que só ruínas restaram desse importante símbolo para os
sãopaulinos, principalmente os paulistanos.
.

E em nome da comunidade sãopaulina queremos que providências sejam
tomadas.

Pedimos à direção do São Paulo Futebol Clube que faça algo, já
que foi algo feito pelo São Paulo naquele espaço, e tudo que leva a
marca do Mais Querido deve ser zelado.

Pedimos providências aos vereadores de São Paulo, à sub-prefeitura
da Sé e ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Gilberto Kassab.

E pedimos à imprensa que nos ajude a repercutir esse assunto, que é
de total interesse do meio esportivo, principalmente pelo descaso que
beira o absurdo com um símbolo do time de terceira maior torcida no
país.

Texto e pesquisa: Damião Márcio Pedro

Edição : Artur Couto

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